Living between bridges

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Wednesday, June 24, 2009

TSF - entrada de capitais espanhóis em Portugal 22/06/2009

"No Fórum TSF desta quarta-feira vamos debater a entrada de capitais espanhóis em Portugal e a importância dos centros de decisão. A PT prepara-se para comprar aos espanhóis da Prisa 30% da Media Capital. Com este negócio a Prisa consegue um parceiro estratégico português e a PT volta a posicionar-se no mercado dos media. Existem actualmente mais de 800 empresas em Portugal detidas maioritariamente por capital espanhol. A situação levanta a questão dos centros de decisão, onde está o poder de definir o futuro de uma empresa e para onde vão os lucros."

O tema e as intervenções de hoje no Fórum da TSF agradaram-me bastante.
A intervenção de Peres Metello focou os temas fundamentais. Discutir obstruções à integração Ibérica e Europeia, bem como à Globalização, é, com o devido respeito, uma diletância. Fundamental é discutir como vencer em concorrência global e como nos afirmar o país na cena mundial.

No entanto, a entrada de capitais estrangeiros é um tema que requer esclarecimento.

1 – Os novos investimentos, em manufactura, são efectuados fora da Europa. A Europa já não é competitiva para a captação destes investimentos.
Devemos efectuar um grande esforço para manter e desenvolver as unidades produtivas existentes em Portugal, Portuguesas e Estrangeiras.

Perder a Auto Europa será dramático para Portugal. Poderá ser a ruína do “Cluster “Automóvel.
Temos uma localização geográfica central (Europa, Américas e África) mas considerada periférica para os europeus. Várias empresas vão integrar na “Pegada Ambiental” o CO2 produzido no transporte da sua actividade, incluindo a movimentação dos produtos em laboração.

2 – Nos novos investimentos (em bens e serviços transaccionados internacionalmente) destinam-se a processos de racionalização ou questões ambientais. Ou seja reduzem postos de trabalho.

3 – É essencial atrair projectos que promovam mais desenvolvimento para o país e reforcem as competitividades internacional.

Exemplos: Tecnologias de Informação e Comunicação, Turismo, Saúde e Mar.

Actividades de investigação na área do mar são particularmente relevantes pois ainda não temos uma visão claramente definida de como iremos explorar os nossos recursos marítimos, recentemente alargados.

Afirmação internacional, caminhos

1 – Integração mais activa na economia de rede, na globalização

2 – Os grandes grupos em PT desenvolveram-se protegidos da concorrência internacional.
Há um problema de mentalidades e de condutas.

Recordo-me das observações e empresários Japoneses que tiveram projectos em Portugal.

“... Portugal está na Europa, mas os Portugueses ainda não são verdadeiramente Europeus..”

Este tema é fundamental, é necessário democratizar e inovar mais a economia. Mais exposição internacional tornará os Portugueses mais internacionais.


Nota final sobre as exigências da presença em mercados internacionais e nossa percepção sobre os nossos produtos.

A Via Verde foi apresentada no Japão pela Mitsubishi Corporation mas sem sucesso:
A aplicação não assegurava um nível de eficácia e fiabilidade (erros & falhas) aceitável pelos clientes Japoneses



Paulo Vieira, Ex-membro da Comissão Executiva e da Estrutura para a Constituição da API - Agência Portuguesa para o Investimento

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